quarta-feira, 20 de abril de 2011

Lira da Esperança

"Sem a cultura, e a liberdade relativa que ela pressupõe, a sociedade, por mais perfeita que seja, não passa de uma selva. É por isso que toda a criação autêntica é um dom para o futuro"


Você que mora na cidade, provavelmente já viu 'a banda passar, tocando coisas de amor'

Esse mês, a Banda Lira da Esperança completa 41 anos de existência.

A Lira da Esperança foi fundada na cidade de Laje Muriaé em Abril de 1970, a partir da extinção da Banda de Música Cinco de Novembro (também da cidade). Criada por Antonieta Olivier e pelo clarinetista Itagiba Duarte Pinto, eles ergueram a banda com muita disposição e coragem, em meio a crise que havia se iniciado, devido ao fim da anterior, também por razões poéticas, daí o nome lindo e inconfundível da Banda lajense.

Com a morte dos fundadores, assumiu a presidência da banda a filha do casal, Esmeralda Olivier Pinto, que continuou o legado deixado pelos pais sem desanimar; que conta também com a colaboração de maestro Araceli de Resende Silva. A Lira da Esperança foi considerada Entidade de Utilidade Pública Municipal em maio de 1984, e, atualmente, figura como Patrimônio Cultural Vivo de Laje do Muriaé.


Essa é antiga hein?


A banda nos prestigia sempre em eventos e desfiles municipais, e mesmo nos ensaios na sede localizada na Praça Padre Martins. Quando desfila pela cidade é característica tradicional a execução do dobrado "A Banda" de Chico Buarque, tornando a presença de tal, inconfundível e marcante.  E é de se ressaltar, que a Banda é pública.

O serviço social que ela presta aos habitantes dessa cidade é incontestável e essencial. Além de ensinar música teórica, há também o uso do instrumento, de graça.


Apresentação na Sala Cecília Meireles, Rio de Janeiro



 PARABÉNS A LIRA DA ESPERANÇA, ORGULHO DE LAJE DO MURIAÉ






O que é triste nessa história, é o descaso como a cultura é tratada na nossa cidade tanto pela administração, quanto pelos habitantes do município. Laje não investe em cultura. Cultura não está na moda. A prefeitura nem sequer investe na banda que é patrimônio cultural vivo, ela sobrevive praticamente por doações de colaboradores; investe-se em shows de forró, não se promove encontros musicais anuais, como ocorre em outras cidades da região. Os habitantes também (em sua grande maioria), pouco se interessam. Vemos a qualidade de vida e a sociabilidade da população de um lugar, com a maneira que eles tratam a cultura. Sendo assim, é visível a nossa precariedade mental e preconceito, resumindo: nossa mente FECHADA. Nossa situação é triste.

Mas em meio à essas dificuldades, a banda segue, talvez um dia, os olhos das pessoas passem mais a se voltar para algo que realmente presta, daí o nome: Lira da Esperança.



 

Aí eu faço um blog de poesias, pregando coisas como amor, felicidade, sendo que não dou a mínima pra NADA e ganho dinheiro fácil da prefeitura. Não sejamos hipócritas.




"Sem cultura moral não haverá nenhuma saída para os homens."
(Albert Einstein)






FIMU~

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