Vista do crepúsculo, no início do século
Está envenenada a terra que nos enterra e nos desterra.
Já não há ar, só desar.
Já não há chuva, só chuva ácida.
Já não há parques, só parkings.
Já não há sociedades, só sociedades anônimas.
Empresas em lugar de nações.
Consumidores em lugar de cidadãos.
Aglomerações em lugar de cidades.
Não há pessoas, só públicos.
Não há realidades, só publicidades.
Não há visões, só televisões.
Para elogiar uma flor, diz-se: "Parece de plástico".

Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente, mostre sua opinião. Fique à vontade. Críticas ou elogios