quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Humanos ou animais?

Nada me faz crer mais agora, nesse momento, e talvez para sempre que direitos humanos são para todos os humanos; mas que os animais, e toda a flora também devem ser devidamente respeitados.
Mas o que difere os humanos?
É que alguns são tão lixos, que não merecem nem a existência que tem. 
Que me perdoe o lixo, este, que pode ser reciclado. Àqueles por aí, que, disfarçam-se com face horrenda (pois o sangue da barata, e de qualquer verme, é mais belo que os destes). 
São piores que lixo. E só se agarram à vida extorquindo a dos outros.  

A certeza de que alguns povos nasceram para ser livres e outros para ser escravos guiou os passos de todos os impérios que existiram no mundo. Mas foi à partir do Renascimento e da conquista da América que o racismo se articulou como um sistema de absolvição moral a serviço da voracidade européia. Desde então, o racismo impera: no mundo colonizado, deprecia as maiorias; no mundo colonizador, marginaliza as minorias.

A era colonial necessitou de racismo tanto quanto de pólvora, e de Roma os papas caluniavam Deus, atribuindo-lhe ordem de arrasamento. 
O direito internacional nasceu para dar valor legal à invasão e ao saque, ao mesmo tempo em que o racismo outorgava salvo-condutos às atrocidades militares e dava justificativas à impiedosa exploração dos povos e das terras submetidas. 
     Na América hispânica, um novo vocabulário ajudou a determinar o lugar de cada pessoa na escala social, segundo a degradação sofrida pela mistura de sangues. Mulato era, e é, o mestiço de branco com negro, numa óbvia alusão à mula, filha da égua e do burro, enquanto outros termos foram inventados para classificar as mil cores geradas pelas sucessivas mancebias de europeus, americanos e africanos no Novo Mundo. Mas de todos os nomes atribuídos à essas mil cores o mais relevante deles é o 


"Não te entendo". 


FIMU~ 

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