segunda-feira, 3 de março de 2014

USA ameaça expulsar Rússia do G-8

Além de outras ameaças como embargos econômicos 




Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, e Vladimir Putin, presidente da Rússia conversaram por telefone neste último sábado. Pelo que se sabe, teria sido um monólogo. Afinal a imprensa burguesa brasileira relatou apenas o que Obama teria dito.

Um monólogo nada amigável; Obama teria exposto as consequências de uma possível intervenção militar russa na crise ucraniana. Pelo jeito, apenas o imperialismo norte-americano, alemão, inglês e francês poderia agir apoiando os golpistas em Kiev.
Estados Unidos declarou ausência da conferência do G-8 a ser realizado em Sochi em junho. França e Grã-bretanha também declarando boicote à reunião.
Na verdade, EUA ameaçou de expulsar a Rússia do G-8, além de outras penalidades, tais como bloqueio econômico e político. Segundo John Kerry, secretário de Estado, além da possível expulsão, as ameaças envolvem congelamento dos ativos e multas comerciais.
“Se Rússia quer ser um membro do G-8 deve se comportar como um país do G-8”, reiterou Kerry, ao comparecer em vários programas de televisão. O chefe da diplomacia fica atrás em seus planos de interferência na Ucrânia e ressaltou a importância de que a comunidade e os organismos internacionais ofereçam uma resposta coordenada ao último desafio de Putin. “Acho que isso terá um peso importante”.
Será um novo blefe, tal como aconteceu em 2008 durante a guerra da Georgia? Pelo que parece, Putin acredita que sim e está disposto a pagar para ver.

Na verdade, a dependência dos americanos dos russos em relação ao conflito no Irã, uma solução na Síria, e garantir a retirada das suas tropas e da OTAN no Afeganistão. Por sua vez  a dependência energética da União Europeia é enorme. Ou seja, as ameaças de sanções a Rússia poderia colocar abaixo toda uma série de acordos aumentando exponencialmente os efeitos do conflito na Ucrânia.
A margem de manobra dos EUA, diante uma crise econômica gigantesca, é muito pequena.  E a Rússia tem muito a perder com a anexação econômica e política da Ucrânia à União Europeia. E como mostram os últimos levantes em Donetsk e  Karkhov, a população ucraniana também pensa assim. Após o que aconteceu na Grécia, os ucranianos não esperam tratamento melhor ao se juntarem à UE; sabendo que isso representaria prejuízos enormes à sua situação econômica.
Nessa segunda-feira, ministros de Assuntos Exteriores da UE se reunirão, e as sanções econômicas à Rússia estarão em primeiro plano na discussão.


 http://www.pco.org.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente, mostre sua opinião. Fique à vontade. Críticas ou elogios