Além de outras ameaças como embargos econômicos
Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, e Vladimir Putin,
presidente da Rússia conversaram por telefone neste último sábado. Pelo
que se sabe, teria sido um monólogo. Afinal a imprensa burguesa
brasileira relatou apenas o que Obama teria dito.
Um monólogo nada amigável; Obama teria exposto as consequências de
uma possível intervenção militar russa na crise ucraniana. Pelo jeito,
apenas o imperialismo norte-americano, alemão, inglês e francês poderia
agir apoiando os golpistas em Kiev.
Estados Unidos declarou ausência da conferência do G-8 a ser
realizado em Sochi em junho. França e Grã-bretanha também declarando
boicote à reunião.
Na verdade, EUA ameaçou de expulsar a Rússia do G-8, além de outras
penalidades, tais como bloqueio econômico e político. Segundo John
Kerry, secretário de Estado, além da possível expulsão, as ameaças
envolvem congelamento dos ativos e multas comerciais.
“Se Rússia quer ser um membro do G-8 deve se comportar como um país
do G-8”, reiterou Kerry, ao comparecer em vários programas de televisão.
O chefe da diplomacia fica atrás em seus planos de interferência na
Ucrânia e ressaltou a importância de que a comunidade e os organismos
internacionais ofereçam uma resposta coordenada ao último desafio de
Putin. “Acho que isso terá um peso importante”.
Será um novo blefe, tal como aconteceu em 2008 durante a guerra da
Georgia? Pelo que parece, Putin acredita que sim e está disposto a pagar
para ver.
Na verdade, a dependência dos americanos dos russos em relação ao
conflito no Irã, uma solução na Síria, e garantir a retirada das suas
tropas e da OTAN no Afeganistão. Por sua vez a dependência energética
da União Europeia é enorme. Ou seja, as ameaças de sanções a Rússia
poderia colocar abaixo toda uma série de acordos aumentando
exponencialmente os efeitos do conflito na Ucrânia.
A margem de manobra dos EUA, diante uma crise econômica gigantesca, é
muito pequena. E a Rússia tem muito a perder com a anexação econômica e
política da Ucrânia à União Europeia. E como mostram os últimos
levantes em Donetsk e Karkhov, a população ucraniana também pensa
assim. Após o que aconteceu na Grécia, os ucranianos não esperam
tratamento melhor ao se juntarem à UE; sabendo que isso representaria
prejuízos enormes à sua situação econômica.
Nessa segunda-feira, ministros de Assuntos Exteriores da UE se
reunirão, e as sanções econômicas à Rússia estarão em primeiro plano na
discussão.
http://www.pco.org.br
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